Aos 19 anos, a americana Erin Bousquet lamenta por ter deixado de viver momentos importantes de sua vida – como festas de Natal e aniversário. O motivo: ela estava dormindo enquanto isso acontecia.
A jovem chega a dormir 20 horas seguidas e precisou passar por diversos médicos até descobrir o que estava acontecendo com seu corpo. O problema começou a se manifestar quando ela tinha 14 anos.
Erin foi diagnosticada com Síndrome de Kleine-Levin (KLS), um raro distúrbio do sono, também conhecido como “Síndrome da Bela Adormecida”. A história dela foi contada recentemente em uma reportagem do Washington Post.
Os episódios de sono prolongado acontecem repentinamente e o KLS também provoca irritabilidade, desorientação, amnésia, aumento do apetite e o desejo por alimentos que Erin raramente comia. Nos momentos em que aparecem, os sintomas costumam durar semanas. “Quando ela está doente, nossa vida para”, diz Kristen Bousquet, a mãe da jovem.
Erin e sua família passaram anos buscando por um diagnóstico, entre 2017 e 2020. Hoje, apesar de saber qual é a doença em questão, ela não consegue encontrar um tratamento eficaz. Os médicos também não sabem dizer a causa da doença.
“Nossa abordagem tem sido a espera vigilante e a esperança de que isso desapareça”, diz o neurologista Robert Sundell, médico que deu o diagnóstico de KLS a Erin e que acompanha seu caso desde então.
Fonte: Revista Galileu
