Em doses baixas, minoxidil em comprimido pode ser mais uma opção à calvície

O minoxidil é um dos medicamentos mais conhecidos para o tratamento de queda de cabelo. A loção, quando aplicada no couro cabeludo, aumenta a circulação sanguínea na região, favorecendo o crescimento dos fios capilares. No entanto, além da via tópica, o fármaco pode ter uso oral. Um artigo publicado no jornal The New York Times mostrou que ingerir doses baixas de minoxidil em comprimido também contribui para o crescimento dos cabelos.

A utilização do minoxidil em comprimido pode ser uma alternativa para as pessoas que têm alergia ao fármaco aplicado diretamente no couro cabeludo. O professor de dermatologia Rodney Sinclair contou, ao The New York Times, que estava tratando de uma paciente que desenvolveu erupção alérgica no couro cabeludo.

“A paciente estava muito motivada e a única coisa que sabíamos era que, se um paciente tem alergia a um medicamento aplicado topicamente, uma maneira de dessensibilizar é administrar doses muito baixas por via oral”, explicou o professor da Universidade de Melbourne, na Austrália.

Antes de ser usado para o tratamento de queda de cabelo, o minoxidil era utilizado para tratar pressão alta. Então, para testar o uso oral na paciente com calvície, o professor Rodney Sinclair cortou as pílulas em quartos. Ele observou que a dose baixa fez o cabelo crescer e não afetou a pressão arterial da mulher. Em uma reunião em Miami, em 2015, Sinclair relatou que baixas doses de minoxidil estimularam o crescimento do cabelo em 100 mulheres.

Em 2017, o especialista publicou outros estudos e informou que o tratamento foi estendido para 10 mil pacientes. No entanto, o professor ressalta que os resultados ainda não são conclusivos e avalia que mais pesquisas devem ser realizadas, a fim de produzir mais dados e testar outros cenários.

Embora alguns dermatologistas estejam aplicando o uso oral de minoxidil em doses baixas, a agência reguladora de saúde dos Estados Unidos, o Food and Drug Administration, ainda não aprovou essa forma de tratamento. Portanto, a técnica é prescrita em off-label, isto é, o fármaco tem sido usado de forma diferente da que consta nas bulas. Cabe destacar que medicamentos não devem ser utilizados por conta própria, mas sim sob prescrição médica.

Fonte- Correio Braziliense

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