Entenda por que a depressão é a doença do século

Você se sentiu triste algum dia dessa semana? A tristeza é um sentimento comum entre os seres humanos e não deve ser levado como uma anormalidade.

Geralmente este sintoma é causado por algum fato cotidiano, mas pode também não ter algum motivo aparente. É normal sentir-se desta forma algumas vezes, o problema pode estar na intensidade periodicidade do acontecimento. Em alguns casos, pode ser depressão, consideradas uma das principais doenças do século XXI. Vamos entender um pouco mais sobre isso?

Sabe aquela frase que ouvimos quando estamos passando por momentos difíceis, “isso vai passar”? Se a tristeza que estamos sentindo for um sintoma de depressão, talvez demore bastante a se dissipar, ou então voltará com certa frequência. Esta doença apresenta sintomas, possíveis causas e tratamentos, como outro problema de saúde.

Mas deve levar especial atenção às especificidades de cada pessoa, tanto para o diagnóstico, quanto para o tratamento. Por isso, qualquer causa e sintoma abordado no artigo não pode ser considerado como regra. Um exame de um médico especialista é fundamental para realizar a correta avaliação.

Por que a depressão é a doença do século?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo são afetadas por essa doença. Só no Brasil, a estimativa é de 5,8% da população tenha depressão.

Mas os números não ficam somente por aí. De acordo com essa mesma Organização, é possível que a depressão seja, até 2030, a condição mais comum do mundo, mais ainda do que problemas cardíacos ou câncer.

A previsão preocupante nos faz questionar por quê os casos tendem a crescer tão bruscamente. Podemos entender um pouco esse cenário a partir de uma análise dos grupos de risco, ou seja, fatores que podem contribuir significativamente para a incidência desse problema:

Alguns fatores de risco podem ser:

  • Genética: Sim, a genética é um fator de influência, mas não pode ser considerada a única causa. Um estudo feito por 200 cientistas do mundo inteiro identificaram 44 genes que estão relacionados com esse distúrbio.
  • Mulheres: O número de pessoas do sexo feminino diagnosticadas com depressão é o dobro dos homens. Mas isso não necessariamente está relacionado com uma diferença biológica entre os sexos. Alguns estudiosos alegam que se trata de uma tendência maior das mulheres a procurarem ajuda e tratamento.
  • Outras doenças: Algumas doenças podem transformar-se em um gatilho para o desenvolvimento de um transtorno depressivo. Esses casos ocorrem principalmente em  problemas mais graves ou que submetem o paciente a tratamentos estressantes.
  • Uso de medicamentos: Existem remédios com efeitos colaterais que podem contribuir na indução da depressão. Cerca de 200 medicamentos consumidos no mundo possuem esse tipo de efeito, segundo uma reportagem recente do Estadão. Muito desses são medicamentos amplamente utilizados como os beta-bloqueadores, consumidos em casos de hipertensão, corticoides e benzodiazepinas.
  • Abuso de álcool e outras drogas: o uso de drogas pode oferecer uma gratificação imediata satisfatória. Mas logo que esse efeito passa, essas substâncias contribuem para a intensificação dos sintomas depressivos. Uma pessoa que já tenha a predisposição desta doença, pode encontrar no abuso de drogas e bebidas alcoólicas o gatilho para o desenvolvimento do transtorno.
  • Idosos: o crescimento da população idosa e a falta de apoio e estrutura de muitos países para receber essas pessoas também constrói um cenário bastante propício para o desencadeamento da doença do século.

Tipos de depressão e como se manifestam:

Os sintomas da depressão, se separados do quadro sintomático, podem parecer problemas comuns do organismo. É muito provável que você já tenha experimentado momentos de “vazio”, falta de apetite ou desânimo. Quando eles se relacionam com sintomas físicos, como enjoos, tonturas e má digestão, pode ser um sinal de alerta. De qualquer forma, um médico deve fazer a correta avaliação e diagnóstico.

Os tipos de depressão são:

  • Episódio depressivo;
  • Transtorno depressivo maior;
  • Depressão bipolar;
  • Depressão bipolar;
  • Distimia;
  • Depressão Atípica;
  • Depressão Sazonal;
  • Depressão Pós parto;
  • Depressão psicótica;
  • Reativa.

Alguns dos sintomas podem ser:

Dependendo do tipo, a frequência desses sinais pode variar conforme intensidade e frequência. Pode ser um episódio depressivo ou um transtorno maior. Os casos mais comuns são:

  • Ansiedade e angústia;
  • Desinteresse nas atividades cotidianas ou que antes despertavam algum prazer;
  • Sentimentos de insegurança, medo e desamparo;
  • Interpretação distorcida da realidade: pessimismo exagerado;
  • Dificuldade de concentração; raciocínio mais lento;
  • Distorção do apetite (perda ou aumento);
  • Perda de líbido;
  • Insônia;
  • Dor no corpo e outros sintomas físicos aparentemente injustificáveis, como enjoo, azia, diarreia e etc.

Tratamentos

Os profissionais que podem diagnosticar a doença são os psicólogos, clínicos gerais e psiquiatras. Eles devem realizar uma análise de seus sintomas, além de observar como o paciente se apresenta na consulta, tanto fisicamente, quanto psicologicamente. Realizar uma avaliação do histórico de vida e familiar também é importante. Dependendo do tipo de depressão diagnosticada o tratamento pode variar.

Os métodos mais utilizados são a psicoterapia e o tratamento via antidepressivos. Ambos variam de acordo com o tipo de depressão, assim como a linha de tratamento do profissional. Não há uma regra, mas uma tendência de tratamento, que pode variar de acordo com o caso.

Outras atividades terapêuticas podem ser muito interessantes para combater ou então evitar a recorrência de episódios depressivos. A prática de esportes e arte terapia são exemplos desses exercícios.

Como podemos observar, a depressão é uma doença bastante ampla e depende muito das especificidades de cada paciente. Sua alta incidência, porém, já alertou profissionais e pesquisadores.

Muitos estudos estão sendo desenvolvidos para entender melhor as causas dessa condição e o tratamento mais apropriado. Mas não só os especialistas devem contribuir para o combate deste problema. É importante ficar atento à nossa saúde e bem estar, assim como fornecer conforto e compreensão àqueles que passam pela doença

 

Fonte: conexasaude

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