Especialistas destacam benefícios do Aleitamento materno

O Agosto Dourado, mês do aleitamento materno no Brasil, está chegando ao fim. Instituído pela Lei nº 13.435/2.017 que determina que, no decorrer de agosto, sejam intensificadas ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno, essa data simboliza a luta pelo incentivo à amamentação exclusiva até o sexto mês de vida do bebê.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) e o Unicef, cerca de 6 milhões de vidas são salvas anualmente por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.

Segundo a Coordenadora do Curso de Nutrição da Estácio Teresina, Lilia Monteiro, “o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade até os cinco anos, evita diarreia e infecções respiratórias e diminui o risco de alergias dentre outros inúmeros benefícios para mãe e para o bebê.

Mas apesar do fim do mês e da campanha, “a ideia é manter o mesmo nível de consciência na população e continuar a propagar os benefícios da amamentação”. É o que afirma a Professora do Psicóloga do UniFacid, Kalyna Galvão. Segundo ela, esse incentivo é importante porque é um dos meios que mãe e filho estabelecem vínculos afetivos,  e com apoio de uma rede social e familiar, a mãe consegue fazer isso de forma prazerosa. “Nem todas as mães estão prontas, sejam por questões fisiológicas ou psicológicas, por isso é importante esse incentivo, para que elas consigam internalizar, de forma positiva, todo esse processo e alimentar bem os recém-nascidos”, relata a Psicóloga.

A Nutricionista da Estácio afirma ainda que “além de apresentar diversos benefícios voltados à criança, como proteção contra doenças, prevenção na formação incorreta dos dentes, evitar problemas na fala e proporcionar melhor desenvolvimento e crescimento para o bebê, o aleitamento materno contribui também com a saúde da mãe, por meio da redução das chances de câncer de mama, ovários e endométrio, auxiliando na redução do peso adquirido durante a gestação, e contribuindo com a retração uterina após o parto. Sem contar que é um recurso natural que não dará custos para a família”, explica a docente, que acrescenta:

“Uma pesquisa publicada em 2016 no periódico The Lancet apontava que a universalização do aleitamento exclusivo — ou seja, ter todas as crianças do mundo se alimentando somente com o leite materno no início da vida — poderia prevenir 823 mil mortes por ano entre meninos e meninas com menos de cinco anos de idade, além de evitar 20 mil mortes por câncer de mama anualmente”, enfatiza a enfermeira.

A especialista destaca ainda que “é de extrema importância orientar as mulheres, desde os pré-natais. Elas devem se preparar para vivenciar a amamentação. Muitas delas apresentam dificuldades no processo justamente pela falta de informação. Apoiá-las e ajudá-las a entender que amamentar é algo possível e, principalmente, essencial, é desafiador para os profissionais que estão comprometidos com a saúde materno-infantil”, finaliza.

Benefícios além da nutrição

Para a Coordenadora do Curso de Nutrição da Estácio Teresina, Lilia Monteiro*, a relação do amamentar vai muito além de apenas suprir uma necessidade puramente biológica.

“A prática da amamentação na relação entre mãe e bebê é fundamental para a construção deste vínculo”. Porém, é importante destacar que o vínculo também é construído independentemente se a mãe realizar o processo de amamentação, introduzindo a mamadeira ao bebê, completa.

Diante da importância da nutrição, se por acaso uma mãe não conseguir amamentar seu bebê por insuficiência de leite ou por qualquer outra razão, há a ocorrência de sofrimento da parte da mãe, quando há o desejo de amamentar e não se tem êxito. Para Lilia, é importante não impor culpa sobre a mãe, já que os motivos pelos quais este fator ocorre variam da natureza de cada mulher.

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