Estudo aponta medicamento que reduz em 37% o risco de morte ou de piora da insuficiência respiratória devido à Covid-19

Um estudo publicado nesta quarta-feira (16) na revista científica “The New England Journal of Medicine” aponta que o tratamento com o medicamento tofacitinibe conseguiu reduzir em 37% a chance de morte ou de piora no quadro de insuficiência respiratória em pacientes com a Covid-19.

O trabalho é resultado da parceria de dois grupos, um do Hospital Israelita Albert Einstien e outro da farmacêutica Pfizer. Segundo os autores, essa é a primeira pesquisa a investigar a ação do medicamento contra o coronavírus.

O tofacitinibe é um remédio inibidor das proteínas envolvidas no desencadeamento de doenças inflamatórias. Ele atua diminuindo os riscos de ocorrência da tempestade inflamatória da Covid-19, uma resposta exagerada do organismo ao vírus que leva a uma série de complicações.

 

Durante os ensaios, 289 pacientes internados contra a doença participaram do estudo. Um grupo recebeu 10 miligramas do tofacitinibe por duas vezes diariamente até a alta ou 14 dias de hospitalização. Já o que recebeu o placebo passou pelo tratamento padrão contra a Covid-19. As pessoas que receberam o medicamento apresentaram uma chance reduzida em 37% de morte ou falência respiratória.

“As respostas indicam que a utilização do medicamento, quando associado ao tratamento padrão, que inclui glicocorticóides, reduz o risco de morte ou de insuficiência respiratória em pacientes hospitalizados com pneumonia por Covid-19 que ainda não estão necessitando de ventilação mecânica ou de ventilação não invasiva”, afirmou o médico Otavio Berwanger, diretor da Academic Research Organization (ARO), grupo do Einstein.

O medicamento não foi aprovado para uso contra a Covid-19 por nenhuma agência regulatória no mundo e este é o primeiro ensaio randomizado — com a escolha aleatória dos participantes — publicado para o tratamento contra a doença. A utilização ainda precisa da avaliação de outros órgãos e especialistas da área da saúde. Atualmente, ele é indicado para o tratamento da artrite reumatoide, artrite psoriásica e retocolite ulcerativa.

Fonte: G1

 

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