
Mais que um sonho de consumo, o ar-condicionado é visto por muitas pessoas como um aparelho de extrema necessidade no dia a dia. E na recente onda de calor, é preciso dar uma atenção especial ao equipamento, sobretudo aquele que fica sobre rodas.
A grande maioria dos veículos vendidos hoje em dia já conta com o “ar” como item de série, mas as informações sobre a manutenção são poucas e difusas. Ainda assim, todos os sistemas contam com filtros, que garantem a retenção de poeira, fuligem e outras impurezas que entram no veículo em direção aos pulmões do motorista e dos passageiros — e se não for substituído no tempo certo, pode acumular sujeira e reter umidade, tornando o interior do carro um ambiente fértil para bactérias e mofo.
O consultor técnico da Mann+Hummel, André Gonçalves, explicou ao AutoEsporte que a vida útil de um filtro de cabine depende do ambiente onde o motorista trafega. No caso de rodar sempre em vias urbanas, com alto tráfego de caminhões, por exemplo, ou até em estradas de terra, a recomendação é trocar o filtro do ar-condicionado a cada três meses em média. Já nos usos mais cotidianos, em condições normais, é aconselhado que a troca do componente seja realizada a cada seis meses — no máximo uma vez ao ano — ou a cada 15 mil quilômetros rodados.
As pessoas alérgicas são as que mais podem sofrer com a manutenção inadequada da peça, pois o ar que entra pelos dutos de ventilação do veículo tem cerca de cinco vezes mais poluentes e componentes que podem desencadear crises, como fumaça e pólen.
Por isso, é importante se atentar aos sinais de necessidade de troca. Perda de eficiência do climatizador e cheiro ruim são alguns dos sintomas que o carro pode apresentar.
Fonte: O Globo