
Cuidar da saúde ocular, principalmente na terceira idade, é essencial para preservar a qualidade de vida e prevenir complicações que possam afetar a visão. Por isso, é importante atentar-se ao glaucoma, uma doença ocular silenciosa e comuns entre os idosos que, se não tratada, pode levar à cegueira.
Neste artigo, vamos conversar sobre como detectar o glaucoma em idosos e os cuidados necessários para manter a saúde ocular em dia.
O que é o glaucoma e como ele afeta os idosos?
O glaucoma é uma condição que afeta nervo óptico, responsável por transmitir as imagens do olho para o cérebro e pode provocar perda total da visão, especialmente no campo visual lateral.1
Na terceira idade, o risco de desenvolver glaucoma aumenta significativamente. A partir dos 60 anos, as chances de ser diagnosticado com a doença crescem, especialmente entre afrodescendentes e pessoas com histórico familiar de glaucoma.2 Por isso, é crucial realizar exames oftalmológicos regulares para identificar qualquer alteração que possa indicar o início da doença.
Como identificar o glaucoma em idosos?
Embora o glaucoma seja muitas vezes assintomático, alguns sinais podem indicar que a doença está avançada. Entre os sintomas mais comuns estão a perda do campo visual lateral e a diminuição da acuidade visual.3 Em casos mais graves, o glaucoma pode levar à cegueira permanente.
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Mesmo na ausência de sintomas, é fundamental que os idosos realizem exames oftalmológicos regulares, como recomendam os especialistas, pois a detecção precoce pode evitar danos irreversíveis à visão.
A importância dos exames oftalmológicos regulares para além do diagnóstico
A melhor forma de prevenir a progressão do glaucoma é por meio de exames oftalmológicos regulares. O exame dilatado, realizado a cada um ou dois anos, é fundamental para detectar alterações na pressão ocular, que pode ser um indicativo de glaucoma.1 Além disso, o acompanhamento médico contínuo permite que o tratamento seja ajustado conforme a evolução da doença, prevenindo complicações e preservando a visão.
Como tratar o glaucoma em idosos?
O tratamento do glaucoma varia de acordo com a gravidade da doença e os sintomas apresentados pelo paciente. Em muitos casos, o tratamento envolve o uso de colírios para reduzir a pressão ocular.5 Além disso, o acompanhamento médico é essencial para ajustar a medicação conforme a necessidade.
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Em casos mais avançados, o tratamento pode incluir intervenções cirúrgicas.5 Porém, é importante ressaltar que a adesão ao plano de tratamento é essencial para o sucesso do controle da doença. Estudos mostram que a falta de adesão ao tratamento pode acelerar a perda de visão, por isso é importante seguir as orientações do oftalmologista com rigor.4
Cuidados diários para preservar a saúde ocular
Além do tratamento médico, os idosos com glaucoma podem adotar alguns cuidados no dia a dia para ajudar a preservar a saúde ocular. Manter uma alimentação saudável, com alimentos ricos em antioxidantes, como folhas verdes e peixes, pode contribuir para a saúde dos olhos. O exercício físico regular também é benéfico, mas é importante evitar atividades que possam aumentar a pressão ocular, como levantamento de peso intenso.4
Outra medida importante é o uso de óculos de proteção, tanto para a proteção contra raios UV quanto para evitar lesões oculares. Durante atividades de risco, como esportes ou tarefas domésticas, é fundamental utilizar equipamentos que protejam os olhos.3,4
Mudanças no estilo de vida e adaptação ao glaucoma
Viver com glaucoma exige ajustes no estilo de vida para garantir uma qualidade de vida plena. Uma boa iluminação em casa, organização do ambiente para evitar tropeços e o uso de dispositivos digitais são algumas das medidas que podem ser adotadas.4
Além disso, é essencial que o paciente mantenha uma comunicação constante com a equipe médica, informando sobre qualquer alteração na visão ou desconforto, para que o tratamento seja adaptado conforme necessário.4
A resiliência emocional também é um aspecto importante. Lidar com a perda gradual da visão pode ser desafiador, por isso é fundamental buscar amparo, seja por meio de grupos de apoio ou conversando com profissionais de saúde mental.4