HC recruta voluntárias para tratar falta de desejo sexual e outros sintomas da pós-menopausa

[São Paulo] – A falta de desejo sexual é uma das principais queixas das mulheres brasileiras. De acordo com Flávia Fairbanks, ginecologista e pesquisadora do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, o problema é relatado por cerca de 40% das mulheres e 85% entre as mulheres que estão na pós-menopausa.

Flávia é responsável por um estudo para a criação de uma medicação à base de testosterona para mitigar a diminuição do apetite sexual. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, a ginecologista afirma que as mulheres passam mais de um terço de sua vida na pós-menopausa. “Esse grupo de mulheres precisa de uma atenção especializada, porque precisa ser feito o foco na saúde e na prevenção de doenças”, comenta. Questões como a qualidade de vida e o bem-estar são cada vez mais relevantes. “Foi baseado nesse aspecto que a gente começou a olhar para essa mulher, que vai passar todos esses anos no período da pós-menopausa, e nos preocuparmos inclusive com a função sexual dessa mulher”, completa.

O estudo visa a selecionar um grupo de mulheres para análises clínicas, acompanhamento de exames, bem-estar e outros aspectos gerais. As participantes serão separadas: uma parcela receberá placebo e a outra parcela receberá o medicamento. Os pesquisadores e as participantes não terão conhecimento sobre os detalhes dessa divisão, para evitar alterações nos resultados.

Flávia comenta que a reposição hormonal pode ser a saída para os sintomas apresentados na menopausa, como ondas de calor, insônia e depressão. O novo medicamento à base de testosterona poderá contribuir para a saúde do corpo da mulher, além de ajudar nos relacionamentos e outros problemas psicossociais.

Para participar do estudo, a voluntária precisa estar sem menstruar por no mínimo um ano e no máximo seis anos. Além disso, precisa ter queixa de falta de pulsão sexual e não pode ter contraindicação absoluta ao uso de hormônios.

As pacientes que se interessarem deverão enviar o e-mail [email protected]. O contato será respondido em no máximo uma semana, com o agradecimento pelo interesse e o reforço dos critérios de participação da pesquisa. Em seguida, a candidata será convocada a uma avaliação médica, ginecológica e psicológica, para afastar casos que possam trazer alguma alteração nos resultados do estudo. Por fim, será integrada ao grupo que receberá o placebo ou ao que receberá o medicamento. As pacientes só saberão qual grupo integraram após o término da pesquisa.

Fonte: Jornal da USP

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