Nesta sexta-feira (21/12), o verão começa oficialmente no Brasil. A data é marcada pelo Solstício de Verão, conhecido como o dia mais longo do ano e a noite de menor duração. A estação também é conhecida por apresentar dias com elevadas temperaturas, por isso, é imprescindível adotar alguns cuidados em relação à saúde da pele para prevenir possíveis doenças como insolação e câncer, além de manter o bom funcionamento do organismo.

[Brasília] – A luz solar, em certa medida, faz bem para a saúde por liberar vitamina D, importante substância que aumenta a absorção de cálcio e fósforo, além de fortalecer a formação óssea e auxiliar na produção de células sanguíneas. No entanto, é preciso moderação. “É recomendável que todas as pessoas, sejam elas crianças, adultos ou idosos, utilizem medidas fotoprotetoras, como filtro solar e acessórios como óculos, chapéus e roupas com proteção UV. Também é importante evitar locais abertos entre às 10h e 16h, pois nestes horários a exposição solar é mais intensa”, explica a Médica Dermatologista da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Maria de Lourdes Ribeiro de Carvalho Leite.

Importância do filtro solar

O protetor solar deve ser utilizado diariamente, deve proteger contra as radiações UVA e UVB e possuir, no mínimo fator solar (FPS) 30. “A reaplicação do filtro solar deve se dar a cada duas ou três horas ou após longos períodos de imersão na água. Além disso, é importante lembrar que ele deve ser usado todos os dias, mesmo quando houver nuvens ou o céu estiver nublado, pois a radiação ultravioleta atravessa as nuvens”, destaca Maria de Lourdes.

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Quanto mais clara for a pele, mais sensível ela será à exposição solar e maior deve ser o fator de proteção. O sol é o fator ambiental mais relevante para o câncer de pele, mas, se diagnosticado precocemente, tem uma chance de cura superior a 90%. Para evitar a ocorrência da doença, a prevenção deve começar ainda na infância. “O filtro solar deve ser utilizado a partir dos 06 meses de idade, utilizando um protetor adequado para a pele que é mais sensível. É preciso que crianças e jovens criem o hábito de usar a proteção solar diariamente”, enfatiza a dermatologista.

Proteção solar e pele negra

As pessoas de pele negra têm uma proteção “natural”, pela maior quantidade de melanina produzida, mas também precisam fazer a fotoproteção, pois estão sujeitas a queimaduras, câncer de pele e até mesmo insolação. “Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo planeta, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol”, analisa Maria de Lourdes.

Os grupos de maior risco são chamados de fototipo I e II, ou seja, indivíduos que possuem a pele clara, sardas, cabelos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares de câncer de pele, queimaduras solares, incapacidade para se bronzear e muitas pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados. “Apesar das pessoas de pele clara precisarem se proteger mais, os indivíduos de pele negra também precisam ficar atentos quanto à sua fotoproteção e utilizar o filtro solar, roupas e acessórios apropriados”, explica Maria de Lourdes.

Riscos de Insolação

A exposição excessiva ao sol é um problema sério que pode causar vários danos ao organismo, como desidratação, vermelhidão na pele e até queimaduras. Dependendo da extensão e/ou gravidade dessas queimaduras pode ocorrer dor de cabeça, tonturas, náuseas, febre, calafrios, taquicardia, delírio, prostração e até mesmo choque. “Apesar de esses sintomas serem mais frequentes na praia ou na piscina, também podem acontecer quando o indivíduo estiver andando pelas ruas, sob sol forte, especialmente durante o verão e em regiões quentes. Por isso, deve-se ficar atento ao surgimento dos sintomas e proteger-se do sol de maneira adequada”, orienta a dermatologista.

Caso os sintomas acima ocorram, o indivíduo deve procurar imediatamente o serviço médico para que o profissional possa avaliar a gravidade do caso. “As crianças e os idosos devem ter atenção especial, pois são as faixas-etárias mais sensíveis e os quadros de desidratação são mais frequentes e graves”, finaliza Maria de Lourdes Ribeiro de Carvalho Leite.

Por Paula Gargiulo

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