Os 7 tipos de câncer de mama e a importância do diagnóstico

Você sabia que existem diferentes tipos de câncer de mama? Falar sobre esse assunto é uma maneira de dar atenção à saúde da mulher e incentivar o diagnóstico precoce. Afinal, esse é o público mais atingido pela doença — homens também podem desenvolvê-la, mas os casos são raros.

De acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 65 mil novos diagnósticos de câncer de mama devem ser registrados entre os anos de 2020 e 2022. Apesar de parecer apenas um, esse é o segundo câncer mais comum entre os pacientes e pode se desenvolver de várias formas.

Por esse motivo, neste post, vamos explicar mais sobre os diferentes tipos do câncer de mama e a importância do seu diagnóstico. Acompanhe e entenda mais sobre o assunto!

Quais são os 7 tipos de câncer de mama?

O câncer é uma doença que causa a multiplicação anormal de células em determinadas regiões do corpo, nesse caso, na mama. Como consequência, é formado um tumor, que pode apresentar diversas características.

Esses diferentes comportamentos são os principais fatores para distinguir os tipos de câncer de mama. Listamos, a seguir, os 7 mais comuns.

1. Carcinoma ductal in situ

O carcinoma ductal in situ, também chamado de câncer não invasivo, representa 20% dos casos de câncer de mama. Apesar de ser um tumor maligno, ele não faz metástase. Isso significa que as células cancerígenas não se espalham para os tecidos mamários próximos ao ducto, nem para outros órgãos.

Por essa razão, pacientes que são diagnosticados ainda nesse estágio do câncer têm uma resposta muito positiva aos tratamentos. A cirurgia de retirada do nódulo é recomendada para esse caso e, dependendo da lesão, é possível conservar a mama. A radioterapia complementar também pode ser indicada pelo médico responsável.

No entanto é importante ressaltar que o carcinoma ductal in situ raramente apresenta sintomas. Além disso, pode se tornar um tumor invasivo, caso não seja diagnosticado e tratado em um tempo adequado, e ser disseminado para outras regiões.

2. Câncer de mama invasivo

Como visto, quando um câncer não é invasivo, ele não se espalha para outras áreas. Entretanto, o que ocorre com os tipos invasivos é justamente o contrário. Nesse caso, existem 2 tipos mais comuns.

O carcinoma ductal invasivo é um exemplo. Ele ocorre quando o tumor se desenvolve dentro do ducto mamário e as suas paredes são rompidas, disseminando-se para o tecido adiposo dos seios. Quando atinge esse estágio, há também o risco de as células cancerígenas se espalharem para outras regiões do corpo, por meio do sistema linfático ou da circulação sanguínea.

O mesmo padrão acontece com o carcinoma lobular invasivo. Contudo, ele se desenvolve nos lóbulos mamários, glândulas responsáveis pela produção do leite. Apesar de ser mais raro que o ductal, ele também é capaz de se propagar para outras áreas do corpo, além de ser mais difícil de ser detectado nos exames de toque e na mamografia.

O tratamento descrito para os cânceres de mama de tipo invasivo vai depender de diversos fatores, entre eles o estadiamento (grau de disseminação das células cancerígenas). Entretanto, a cirurgia de retirada do tumor é recomendada para praticamente todos os casos.

3. Câncer de mama triplo negativo

Esse é um dos tipos de câncer de mama mais agressivos. No triplo negativo, as células dos tumores não produzem uma proteína específica, chamada HER2, nem têm receptores de hormônios sexuais femininos, como o estrogênio e a progesterona. Essas características dificultam o diagnóstico e o tratamento hormonal.

Por ser invasivo, o câncer de mama triplo negativo é capaz de se espalhar por outras células e se dissemina rapidamente. Além disso, a sua chance de retorno após o tratamento é alta. Por isso, é um dos piores tipos. As terapias mais recomendadas são a cirurgia, a quimioterapia e a imunoterapia.

4. Câncer de mama inflamatório

Esse é um carcinoma ductal invasivo com características atípicas. Embora seja raro entre os pacientes, os seus sintomas tornam a mama distendida, com vermelhidão e inchaço na região. Isso ocorre por conta da obstrução dos vasos linfáticos, causada pelas células cancerígenas.

Por conta disso, o diagnóstico costuma ocorrer quando o câncer já está em um estágio avançado, tornando-o também um dos tipos mais agressivos e com grandes chances de reincidência. Os tratamentos para câncer de mama inflamatório disponíveis são a quimioterapia, a cirurgia, a radioterapia e a hormonioterapia.

5. Doença de Paget

Essa doença se associa com os carcinomas de tipo invasivo, sendo também um câncer de mama raro. Contudo, os locais atingidos pelas células cancerígenas são a aréola e o mamilo. Geralmente, esse tumor ocorre em apenas um seio. Alguns dos seus sintomas são vermelhidão, coceira local, queimação, descamação e, em alguns casos, inversão do mamilo.

Para tratar a Doença de Paget, são utilizados os mesmos métodos para o câncer de mama invasivo, como cirurgia — em alguns pacientes, é possível conservar a mama, embora o mamilo deva ser retirado — e radioterapia.

6. Angiossarcoma

O angiossarcoma é um tipo raro, que atinge as células dos vasos sanguíneos ou do sistema linfático. Esse câncer pode manifestar sintomas como alterações na pele dos seios e nódulos. Além disso, ele pode ser consequência de alguma complicação durante a radioterapia de um tratamento feito cerca de 10 anos atrás.

Como se trata de um tumor que tem rápida disseminação para outras áreas do corpo, é recomendada a mastectomia (retirada total da mama). No entanto, nesse caso, os linfonodos axilares podem ser preservados na maioria dos casos.

7. Tumor Filoide

Esse é outro tipo de câncer de mama raro que, diferentemente dos anteriores, desenvolve-se no estroma mamário, região adiposa dos seios. Em grande parte dos quadros, esse tumor é benigno, sendo necessária apenas a sua retirada. Já nas raras ocasiões em que é metastático, é sempre recomendada a mastectomia.

Qual é a importância do diagnóstico?

Quanto mais rápido for o diagnóstico do câncer de mama, maiores as chances de cura, pois o carcinoma ainda não se espalhou para outras áreas do corpo ou se disseminou pouco. As técnicas mais utilizadas para a detecção do tumor e avaliação de suas características são a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética.

Entretanto, para se obter a confirmação, é necessário realizar a biópsia. Por meio da extração do material cancerígeno, é possível analisar as suas características e, enfim, identificar o tipo de câncer e o seu grau.

Exames genéticos

Além disso, é possível utilizar o serviço de detecção rápida, que consiste em um teste genético para avaliar a presença de mutações em genes que aumentam em até 80% as chances de desenvolver câncer.

Como essa doença é hereditária, foi desenvolvida uma técnica para analisar mutações germinativas nos genes BRCA1 e BRCA2, que estão associados ao câncer de mama, do pâncreas e de ovário. Esse método pode ser utilizado em mulheres e homens, principalmente aqueles que têm histórico familiar da patologia.

Como visto, essa é uma doença que pode se desenvolver em diversas regiões mamárias e, por essa razão, existem diversos tipos de câncer de mama. Desse modo, é fundamental fazer exames de rastreamento, como a mamografia, de preferência a cada 2 anos, e procurar um médico sempre que notar um sintoma diferente. Assim, é possível realizar o diagnóstico precoce e aumentar as chances de recuperação.

 

Fonte: vidasaudavel.einstein.br

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