Pessoas com insônia correm maior risco de desenvolver problemas cognitivos

Um novo estudo finlandês concluiu que pessoas que sofrem com insônia têm um risco maior de desenvolver problemas cognitivos ao longo da vida. A pesquisa, publicada no final de abril deste ano no Journal of Aging and Health, envolveu 3.748 participantes, que foram acompanhados entre 15 e 17 anos após suas avaliações originais.

Os problemas cognitivos ligados à insônia podem incluir problemas de memória, concentração e capacidade de aprendizado. Os pesquisadores ajustaram outros fatores de saúde conhecidos por estarem ligados ao declínio cognitivo na velhice, como pressão alta, colesterol alto, obesidade, diabetes, depressão e um baixo nível de atividade física.

Eles explicam que quanto mais tempo durar a insônia, piores serão essas funções cerebrais com o passar dos anos, enquanto que, se os sintomas da insônia diminuirem, a função cognitiva tende a ficar mais saudável na vida adulta.

Alguns participantes que estavam na meia-idade e empregados no início do estudo já haviam se aposentado quando ocorreu o acompanhamento. “Nossos resultados mostraram que os sintomas de insônia já na idade ativa podem aumentar o risco de declínio cognitivo na idade da aposentadoria”, explicam os pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia, no artigo.

Estudos anteriores já haviam analisado a possibilidade de que o sistema de limpeza de resíduos que opera no cérebro durante o sono, ou os efeitos de consolidação da memória do sono REM (último estágio do ciclo do sono), possam ter um impacto na função cognitiva a longo prazo em pessoas que dormem mal.

A pesquisa alerta ainda que tratar a insônia mais cedo poderia evitar problemas de saúde do cérebro e até doenças como Alzheimer, embora não seja suficiente para mostrar a causa de forma conclusiva.

“Com base em nossas descobertas, a intervenção precoce para combater os sintomas de insônia ou medidas destinadas a melhorar a qualidade do sono seriam justificadas”, diz a socióloga médica da Universidade de Helsinque, Tea Lallukka, em comunicado.

A equipe ressalta ainda que existem várias maneiras de melhorar a qualidade do nosso sono, tais como: ter um ritmo de sono mais regular; garantir um bom ambiente de sono  (em termos de temperatura e iluminação) e cuidar dos hábitos alimentares.

Fonte: Revista Galileu

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