Risco de ter trombose após vacina contra Covid-19 é mínimo, diz estudo

Profissional de saúde prepara dose da vacina da AstraZeneca contra Covid-19, em Maintal, Alemanha 24/03/2021 REUTERS/Kai Pfaffenbach

Contrair Covid-19 traz um risco significativo de desenvolvimento de coágulos sanguíneos. Já a chance de ter esses aglomerados de sangue, ou até mesmo trombose após a vacina contra a doença, é extremamente baixa. É o que mostra um estudo publicado em 1º de fevereiro no periódico Journal of Clinical and Translational Science.

A pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, derruba alegações antivacina, ressaltando a importância de se vacinar para evitar possíveis complicações da infecção pelo coronavírus.

O estudo avaliou dados de veteranos de guerra de 45 anos ou mais do Departamento de Vigilância Nacional de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos. As informações foram coletadas entre 1º de janeiro de 2020 (pouco antes da detecção da Covid-19 nos EUA) até 6 de março de 2022.

Os dados incluíram 855.686 veteranos que receberam pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 e um grupo de controle não vacinado de 321.676 participantes. Os cientistas avaliaram o risco de tromboembolismo venoso (TEV) considerando idade, raça, sexo, índice de massa corporal e outros fatores.

De acordo com a pesquisa, os participantes vacinados tiveram uma taxa de TEV de 1,3755 por 1.000 pessoas — o que está a apenas 0,1% acima da taxa apresentada entre os participantes não vacinados (1,3741 por 1.000 pessoas). Ou seja, o risco de trombose acrescentado pela vacinação foi de cerca de 1,4 casos por cada milhão de pacientes vacinados, o que é considerado trivial pelos pesquisadores.

Elkin explica que o leve aumento de risco de trombose em pessoas vacinadas pode ser atribuído à Trombocitopenia Trombótica Imune Induzida por Vacina (VITT), uma resposta imune que resulta em menos plaquetas, que são malformadas e mais pegajosas.

Apesar disso, o risco de trombose pela própria Covid-19 continua sendo maior do que o da vacina. Para o pesquisador, o estudo é um “exemplo de como a informática biomédica está respondendo a importantes questões clínicas, que podem ajudar as pessoas a reconhecer os benefícios da vacinação”.

Fonte: Revista Galileu

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