
O retinoblastoma é um tipo de tumor que afeta a retina, parte do olho responsável pela visão. Esse câncer tem origem genética e acomete principalmente crianças menores de 5 anos. A doença ficou conhecida no Brasil após os jornalistas e apresentadores Tiago Leifert e Daiana Garbin divulgarem nas redes sociais que a filha deles, a pequena Lua, agora com 2 anos, foi diagnosticada com o câncer nos olhos aos 11 meses de idade.
Quais são os sintomas do retinoblastoma?
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a principal manifestação do retinoblastoma é um reflexo brilhante no olho da criança, a leucocoria. É algo parecido com o brilho que os olhos de um gato apresentam quando iluminados à noite. Este sintoma, normalmente, pode ser identificado ao apontar uma luz branca sob os olhos do portador ou pode ser visto após uma foto com flash. Inclusive, essa é a forma como muitos pais identificam que há algo errado.
Outros sintomas que costumam aparecer são:
- Fotofobia;
- Estrabismo;
- Heterocromia;
- Sangramento em alguma parte do olho;
- Vermelhidão.
Quando compartilhou com seus seguidores o diagnóstico da filha Lua, Tiago Leifert contou que observou que a menina estava frequentemente olhando de lado, em vez de olhar de frente.
Em fases mais avançadas, em que o tumor já está mais desenvolvido, a criança pode apresentar:
- Dor de cabeça;
- Dor nos olhos;
- Globo ocular maior do que o normal;
- Perda de visão total ou parcial.
Como é o diagnóstico do câncer nos olhos?
Apesar de ter origem genética, a maioria dos casos de retinoblastoma não é hereditária, ou seja, não é passada de um dos pais para o filho. O diagnóstico é feito por meio de exame do fundo de olho, com a pupila bem dilatada. Quando há histórico familiar da doença, a criança deve ser examinada um oftalmologista experiente desde a hora do nascimento, e durante os primeiros anos de vida, para que o diagnóstico seja o mais precoce possível.
O retinoblastoma tem tratamento?
O tratamento varia de acordo com a gravidade e o tamanho do tumor, se ele afeta um ou ambos os olhos. As terapias possíveis são: a laserterapia, para os tumores menores; crioterapia, que é o congelamento e destruição do tumor; quimioterapia, para reduzir o tamanho do tumor e prevenir sua multiplicação; radioterapia, para ajudar a reduzi-lo; e em casos em que nenhuma dessas opções funcionam como forma de tratamento, é recomendada a retirada do globo ocular via procedimento cirúrgico.
Fonte: O Globo