Yasmin Brunet diz que tem síndrome do intestino irritável; saiba o que é

Em conversa com Wanessa Camargo e MC Bin Laden, Yasmin Brunet, confinada no BBB24, revelou ter síndrome do intestino irritável.

O assunto veio à tona quando a modelo e empresária desabafava sobre os alimentos disponíveis na Xepa. “Eu não quero mais comer nada que ele (Davi) faz. Estou com raiva desse cara! Não posso comer feijão, lentilha e nem grão de bico”, afirmou.

“Tenho síndrome do intestino irritável, está me arregaçando isso, me fazendo muito mal. Ele acabou com o ovo, ele acabou com tudo. Vou comer arroz agora, vou viver de arroz”, acrescentou.

Veja o vídeo:

 

Afinal, o que é Síndrome do Intestino Irritável (SII)

A Síndrome do Intestino Irritável é um termo amplo usado para vários sintomas digestivos, que podem incluir dor abdominal, muco nas fezes, evacuações irregulares e alternância entre diarreia e prisão de ventre.

Existem muitos gatilhos que desencadeiam a síndrome, como fatores ambientais, estresse emocional, infecções e dietas.

Sintomas mais comuns da síndrome:

  • Dor abdominal ou cólicas;
  • Alternando diarreia e constipação;
  • Inchaço abdominal;
  • Muco presente nas fezes;
  • Náusea e fadiga.

Causas

De acordo com a nutricionista Tatiane Schallitz, a absorção prejudicada do açúcar lactose (encontrado em laticínios e em muitos alimentos processados), é o gatilho dietético mais comum para a SII. Há indícios de que a frutose (presente em muitos xaropes) e o sorbitol também desencadeiam a síndrome.

Segundo a especialista, alguns alimentos que contêm sorbital podem causar o problema, como maças, peras, pêssegos, cerejas, ameixas frescas e frutas secas – como damascos, uvas e tâmaras -, além de itens que usam sorbitol como adoçante, como geleias e gomas de mascas.

O glúten pode contribuir para a SII?

Tatiane conta que o glúten pode contribuir para a síndrome em algumas pessoas. Isso é conhecido como sensibilidade ao glúten não celíaca. O processo, conforme ela conta, envolve uma resposta anormal do sistema imunológico ou uma intolerância ao glúten, uma proteína encontrada em trigo, cevada e centeio.

“Quando pessoas sensíveis ao glúten consomem alimentos que o contém, pode desencadear uma série de sintomas gastrointestinais como dor abdominal, inchaço, diarreia ou constipação. Acredita-se que essa sensibilidade não celíaca ao glúten possa contribuir para os sintomas da SII, embora não haja danos observáveis no intestino, como ocorre na doença celíaca”, explica.

É importante citar ainda que a relação entre o glúten e a SII vai de pessoa para pessoa, ou seja, nem todos os indivíduos com a síndrome apresentam melhora diante de uma dieta sem glúten. O mais indicado é buscar um profissional de saúde para avaliações e orientações adequadas.

Cuidados com a dieta

Segundo a nutricionista, alimentos altamente processados e dietas pobres em fibras podem agravar a constipação. Muitas vezes, tais itens carecem de fibras necessárias para manter um sistema digestivo saudável. Aliás, a fibra desempenha um papel crucial na promoção da regularidade intestinal, amolecendo as fezes e facilitando o movimento pelo trato digestivo.

Quanto aos alimentos picantes e açucarados, eles podem afetar algumas pessoas de maneiras diferentes. Os primeiros podem irritar o trato gastrointestinal e desencadear desconforto. Por sua vez, dietas ricas em açúcares refinados podem contribuir para desequilíbrios da microbiota intestinal, potencialmente afetando a função intestinal.

“De forma geral, uma dieta equilibrada com ingestão adequada de fibras, provenientes de frutas, vegetais, grão integrais e legumes é benéfica para a saúde digestiva. Vale citar ainda a importância de se manter hidratado – uma vez que a água desempenha um papel crucial na prevenção da constipação, ajudando a amolecer as fezes”, finaliza Tatiane.

Estresse emocional

O médico psiquiatra Higor Caldato, especialista em psicoterapias e transtornos alimentares, reforça que emoções fortes, como ansiedade e estresse, podem afetar os nervos intestinais em pessoas suscetíveis. Além disso, o estresse também pode diminuir a função imunológica e os níveis de serotonina.

“O intestino é, muitas vezes, chamado de ‘segundo cérebro’, devido à complexa rede de neurônios presentes no sistema nervoso entérico, que controla as funções gastrointestinais. Essa conexão entre o cérebro e o intestino é conhecida como eixo cérebro-intestino”, conta.

Segundo o médico, o estresse crônico pode suprimir a função do sistema imunológico. “Isso ocorre porque o cortisol, um hormônio liberado em resposta ao estresse, tem efeitos imunossupressores. A supressão do sistema imunológico pode tornar o corpo mais suscetível a infecções”, reforça.

“Os níveis de serotonina estão associados à alimentação e absorção intestinal adequadas, quando a saúde emocional está afetada, podemos ter uma influência dieta na ação intestinal e com isso prejuízos na produção de serotonina, que por sua vez também pode agravar ainda mais os quadros emocionais”, garante.

Serotonina pode ser a chave do tratamento?

De acordo com os especialistas, o tratamento da SII geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo mudanças na dieta, manejo do estresse, medicamentos e, em alguns casos, terapia psicológica.

“Por se tratar de um transtorno com causas multifatoriais, dificilmente o tratamento terá um fator específico como chave, mas o tratamento com uso de antidepressivos principalmente com ação em serotonina é bastante evidente e promissor para o controle dos quadros emocionais e para estabilização da síndrome”, contam.

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