As cinco mudanças da saúde em 2022

Os anos de 2020 e 2021 trouxeram para o mundo muitos desafios, dificuldades e perdas. A pandemia da Covid-19 foi responsável até hoje por mais de 5 milhões de mortes e inúmeras sequelas, tanto neuropsiquiátricas, quanto cardiovasculares, respiratórias e tantas outras. Temos pela frente um longo caminho antes de decretar o fim da pandemia. Deveremos buscar respostas definitivas em relação ao melhor protocolo de vacinas (reforços, idades, misturas de vacinas, eficiência contra novas variantes), novos focos deverão surgir, uma vez que estamos tratando de um vírus com alta capacidade de mutação e, mais ainda, há de conseguirmos ampliar em definitivo a cobertura vacinal de todo o mundo para em definitivo vencer a doença.

Tudo o que ocorreu nesse período trouxe consequências sociais, econômicas e culturais incontestáveis. Importantes mudanças e reflexões devem nortear nossa vida a partir de tudo isso que estamos vivendo. Eu proponho que nós iniciemos o ano de 2022 com um novo foco sobre a saúde, elencando cinco mudanças propositivas para reconstruirmos nosso bem-estar físico, mental e social.

O primeiro passo é foco na prevenção. Sabemos hoje mais do que nunca que a prevenção é um grande trunfo que temos para trazer de fato saúde à população. A cessação do tabagismo, o controle da hipertensão arterial sistêmica, do diabetes e da dislipidemia, uma dieta adequada, atividade física regular e cuidados com a saúde mental são responsáveis por reduzir em aproximadamente 50% das doenças crônicas como as doenças cardiovasculares, o câncer e as doenças respiratórias. O custo é mínimo, conforme mostrou a Organização Mundial da Saúde, e significa muito para o indivíduo e a sociedade. Devemos fazer nossa parte, fazer check-up, ter orientação médica e multiprofissional em saúde de modo contínuo.

O segundo passo é o indivíduo se engajar, se responsabilizar pela sua saúde, se envolver no dia a dia no cuidado com seu corpo e mente, procurar assistência médica preventiva, aderir ao tratamento e participar ativamente dos cuidados consigo mesmo.

O terceiro passo é investir em tecnologia para melhores resultados em saúde. Nosso país, com suas fortes instituições, tem que buscar soluções inovadoras, como o 5G, a telemedicina, os monitores de autocuidado, a adoção de protocolos gerenciados de diagnóstico e de tratamento que sejam universais e revisados, baseados em evidências científicas.

O quarto passo é buscar, enquanto país, levar ao nosso povo de maneira geral saúde de qualidade. Deveremos ainda mais fortalecer o SUS, reestruturar para se adequar às necessidades da população, avaliar resultados e desfechos de maneira universal e lutar pela integralidade do acesso com soluções inteligentes e íntegras. A saúde suplementar também deverá ter seus protocolos de atendimento revisados e gerenciados, de forma a garantirmos que a qualidade, a segurança e a eficiência do atendimento sejam prioridade.

O quinto passo é fortalecermos o papel da ciência e da pesquisa no nosso país. Buscar novos investimentos, abrir as fronteiras do país para alianças internacionais e aumentar o protagonismo das universidades na construção das políticas públicas de saúde são passos essenciais para a reengenharia do que desejamos para o nosso povo, que é qualidade em saúde.

Por fim, esperamos que, em 2022, a saúde tenha um salto na vida dos brasileiros. Devemos como indivíduo nos envolver ao evitar doenças e ao promover prevenção e qualidade de vida. Como país, devemos buscar a redução da desigualdade em saúde, e lutar por maior eficiência, tecnologia e segurança.

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