Câncer de bexiga: conheça a doença que atinge 10 mil brasileiros por ano

O apresentador Celso Portiolli, de 54 anos, anunciou nesta terça-feira (28) que descobriu um câncer na bexiga e que começará um tratamento com imunoterapia. Em vídeo publicado no Instagram, Portiolli informou que a doença foi descoberta em fase inicial, durante exames de rotina, e que está otimista com as chances de cura.

“Eu tive um câncer de bexiga que foi encontrado na fase mais precoce possível, o que já é uma notícia boa, uma informação importante. Foi feito um procedimento endoscópico para remoção desse pólipo e agora eu vou ter que fazer um tratamento dentro da bexiga, uma imunoterapia chamada BCG”, anunciou o apresentador no vídeo de cerca de cinco minutos. Pólipo é um tecido que se forma a partir do crescimento excessivo e desordenado de células.

Portiolli diz que seguirá com sua rotina normal, inclusive apresentando programas na televisão. Ele também afirmou estar aliviado, já que os médicos que o tratam estimaram as chances de cura são altas, uma vez que a descoberta do câncer foi precoce.

O apresentador Celso Portiolli, de 54 anos, anunciou nesta terça-feira (28) que descobriu um câncer na bexiga e que começará um tratamento com imunoterapia.  (Foto: Reprodução/Instagram)
O apresentador Celso Portiolli, de 54 anos, anunciou nesta terça-feira (28) que descobriu um câncer na bexiga e que começará um tratamento com imunoterapia. (Foto: Reprodução/Instagram)

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer na bexiga atingiu 10.640 brasileiros apenas em 2020. A incidência e taxa de mortalidade é maior entre homens brancos.

Neste texto, descubra quais são os sintomas, como funciona a prevenção e o tratamento do câncer na bexiga.

O que é o câncer na bexiga

O câncer na bexiga é caracterizado pela formação de tumores que crescem, principalmente, na parede do órgão. O tumor pode afetar três tipos diferentes de células, e por isso o câncer na bexiga recebe algumas classificações. Quando ele se limita apenas ao tecido de revestimento da bexiga é chamado de superficial. Já quando a invade a parede muscular e se espalha por outros órgãos, torna-se um câncer invasivo.

Fatores de risco

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), homens brancos e de idade avançada estão entre os grupos com mais propensão de desenvolver câncer na bexiga. Existe, no entanto, um outro fator de risco muito mais decisivo: o tabagismo. Ele está associado à doença em 50 a 70% dos casos. Outros 20% a 25% dos casos de câncer na bexiga estão associados à exposição prolongada a tintas e corantes. O contato frequente com outros produtos químicos, de remédios a agrotóxicos, também favorecem o surgimento da doença.

Isso porque é na urina que vai parar boa parte desses produtos tóxicos eliminados da circulação sanguínea. Quando a urina passa pela bexiga, acaba expondo o órgão a essas substâncias.

Prevenção

A melhor forma de prevenção do câncer na bexiga é não fumar e evitar o tabagismo passivo, que consiste na inalação da fumaça eliminada pelo cigarro de outra pessoa.

Sintomas

Os sintomas do câncer na bexiga assemelham-se aos de outras doenças do sistema urinário, como infecção de urina, pedra nos rins e incontinência urinária. Esses sintomas envolvem sangue na urina, necessidade frequente de urinar, dor na região inferior da barriga e até perda de peso e cansaço.

Diagnóstico

Como os sintomas do câncer na bexiga são muito similares aos de outras doenças, caberá ao médico investigar com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos antes de fornecer um diagnóstico. Entre os exames que podem ser solicitados estão a tomografia computadorizada e a ultrassonografia. Caso as imagens reforcem a suspeita de tumor, o médico poderá realizar também uma cistoscopia, que consiste na inserção de uma câmera na uretra para analisar o interior da bexiga e até mesmo para retirada de material para biópsia.

Tratamento

O tratamento do câncer na bexiga vai depender do estágio da doença e da extensão do órgão que foi afetada. Quando o diagnóstico acontece nos primeiros estágios da doença, é possível realizar uma pequena cirurgia apenas para raspagem e remoção do tumor. Em estágios mais avançados, partes ou mesmo toda a bexiga pode ser retirada.

O tratamento também pode envolver sessões de imunoterapia, radioterapia e quimioterapia – antes ou depois da cirurgia. A imunoterapia com BCG consiste na introdução de uma colônia de bactérias enfraquecidas na bexiga para estimular o sistema imunológico a lutar contra as células cancerígenas.

Já a radioterapia utiliza radiação para eliminar essas células e pode ser feita tanto de forma externa quanto interna. A quimioterapia, por fim, consiste no uso de medicamentos para combater o câncer.

Com informações de Inca e Hospital Sírio Libanês

Comments are closed.

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More

Privacy & Cookies Policy