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Com afta, jovem descobre varíola dos macacos: “dor como cacos de vidro no lábio”

Apesar de ser uma doença conhecida há tempos, o novo surto de varíola dos macacos tem intrigado os cientistas ao redor do mundo. Seja pela rápida transmissão que já afeta o planeta ou pelos sintomas da doença.

Entre os mais comuns são febre, aumento dos linfonodos, dores nos músculos, dores de garganta, lesões na boca, inchaço peniano, dores na região do ânus, quadros de amigdalite e, claro, as conhecidas erupções na pele que se transformou no sintoma principal e característico da doença.

O advogado João Pinheiro é um dos casos de varíola dos macacos no país e resolveu usar suas redes sociais para contar a sua história com a doença que começou de uma forma um tanto quanto diferente: por uma afta.

 

Ele esteve na Europa em julho, e afirma que se relacionou apenas com uma pessoa durante toda a viagem. De volta ao Brasil, João começou a sentir o incomodo ardente na boca, entretanto, a afta não desaparecia. Os sintomas evoluíram para cansaço e fadiga, febre leve e dor no local da lesão. Pinheiro decidiu ir ao hospital e foi imediatamente diagnosticado com varíola dos macacos.

“Essas feridas não doem, coçam igual uma picada de pernilongo. Tive algumas no rosto, mas já até saíram e não deixaram marcas. Porém, a ferida da boca valeu por todas as outras que eu poderia ter tido. Os médicos dizem que, por ser em uma mucosa, as coisas ficam mais difíceis”, escreveu o jovem pelas redes sociais.

Uma semana depois do diagnóstico, as dores e os sintomas pioraram. Segundo Pinheiro, “a área inchou tanto” que ele não “conseguia comer”. Ele descreve a dor como “vários cacos de vidro no meu lábio e um alicate apertando-os. É uma dor local, porém neuropática, terrível, 10 de 10”, diz.

 

O advogado afirma que já está bem melhor em comparação aos primeiros dias da doença, mas que segue internado – ele já está há mais de 10 dias em um hospital de São Paulo. “Acho importante expor os relatos pra que as pessoas se informem e saibam que apesar de não ser letal os sintomas podem ser extremamente severos”, disse.

Fonte e imagem: O Globo

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