Falar durante o sono pode ser um distúrbio ou problema de saúde mais grave, entenda

Frases desconexas, palavras soltas, ou até continuação de conversas anteriores, uma grande maioria das pessoas fala durante o sono. Segundo a cientista do sono Theresa Schnorbach disse ao tabloide britânico The Mirror, cerca de duas a três pessoas falam durante o sono em algum momento. Entretanto, apesar da frequência, ela pode ser considerada um problema médico.

Conhecido oficialmente como sonilóquio, falar durante o sono é um tipo de parassonia , ou seja, atividade anormal do sono, pode ocorrer durante o sono REM, o último estágio do ciclo do sono, que dura cerca de 20 minutos cada, e é nele que os sonhos acontecem, ou fora dele. Além de poder variar de pequenos murmúrios a discussões inteiras sem lembrança.

“Geralmente, falar durante o sono durante os primeiros estágios não-REM pode ser mais fácil de entender, enquanto durante o estágio posterior do sono não-REM e REM, pode soar mais como gemidos. As origens do conteúdo de falar durante o sono continuam sendo uma fonte de discórdia entre as pesquisas – podem estar relacionadas a eventos recentes na vida do dorminhoco ou vinculadas à atividade dos sonhos”, diz Schnorbach.

Apesar de ser engraçado na maioria das vezes, o hábito de falar durante o sono pode indicar um distúrbio ou problema de saúde mais significativo. Pesquisas mais abrangentes são necessárias para apontar uma causa certa, mas especialistas afirmam que estão ligados a falta de sono, ou um ambiente que o paciente não ache seguro, como uma temperatura mais elevada ou baixa em comparação ao que já está acostumado, ou até mesmo muita luz entrando no quarto.

Estresse, privação de sono e álcool, também são fatores de risco para falar durante o sono, bem como pessoas que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) são mais vulneráveis a falar durante o sono. Em casos mais graves, a pessoa pode gritar durante a noite, se contorcer, se devater e muitas vezes até se machucar durante o sono.

“Falar dormindo geralmente não é motivo de preocupação, no entanto, se começar repentinamente na idade adulta ou envolver ansiedade significativa, gritos ou ações violentas, isso deve ser discutido com seu médico”, disse a cientista.

Fonte: O Globo

Comments are closed.

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More

Privacy & Cookies Policy