
Desenhos ajudaram pesquisadores da Universidade de Tsukuba, no Japão, e da IBM Research a identificar Alzheimer em sua fase inicial. O resultado da pesquisa é animador, uma vez que não existem testes rápidos e práticos para o diagnóstico precoce da condição.
Publicado em junho no periódico Journal of Alzheimer ‘s Disease, o estudo utilizou cinco tipos de testes que envolviam desenho para avaliar diferentes aspectos da cognição dos voluntários. Esses testes já são utilizados para o diagnóstico de comprometimento cognitivo leve e para Alzheimer avançado.
Com apenas cinco exames, é possível analisar a maneira de manusear a caneta, a pressão ao segurar o objeto e a velocidade em que a pessoa termina o desenho. “Embora esteja claro que traços de desenho relacionados a movimento e pausa possam ser usados para rastrear deficiências cognitivas, a maioria dos testes de triagem permanece relativamente imprecisa”, comenta o autor sênior do estudo, o professor Tetsuaki Arai, em comunicado. “Nós nos perguntamos o que poderia acontecer se analisássemos esses traços enquanto as pessoas executavam uma série de tarefas de desenho diferentes.”

Após os cinco testes serem concluídos, os pesquisadores compararam os resultados com sete testes diferentes de função cognitiva. Além disso, eles utilizaram um programa de computador feito para identificar o quão precisos os traços desenhados poderiam ser para identificar se a pessoa tinha problemas cognitivos leves, graves ou nenhum.
Para isso, eles dividiram os resultados em três grupos: cognição normal, comprometimento cognitivo leve ou doença de Alzheimer (DA). “A precisão da classificação dos três grupos de todos os cinco testes foi de 75,2%, o que foi quase 10% melhor do que qualquer um dos testes por si só”, explica Arai.
A maioria das características identificadas no teste se mostraram diferentes em cada um dos três grupos. As divergências se mostraram mais significativas ao comparar indivíduos sem qualquer déficit congnitivo e aqueles com Alzheimer do que analisando as pessoas saudáveis com as de quadro ainda leve.
“Embora este tenha sido um estudo relativamente pequeno, os resultados são animadores”, diz o professor Arai. “Nossos resultados abrem caminho para melhores testes de triagem para deficiências cognitivas”.
Fonte e imagem: Revista Galileu