Número de positivados para a Covid-19 em Teresina cresce 90%, veja a pesquisa

[Teresina] – O número de casos de pessoas positivadas para a Covid-19 em Teresina cresceu 90% na última semana. O dado foi comprovado pela quinta etapa da pesquisa realizada pela Prefeitura de Teresina, em parceria com o Instituto Opinar, que atestou também que 32.691 pessoas devem estar infectadas pelo novo Coronavírus na capital. A sondagem foi realizada entre os dias 15 e 17 de maio e demonstrou ainda que a quantidade de positivados é 42 vezes maior que os 786 confirmados oficialmente no domingo anterior à pesquisa. Os dados foram apresentados pelo prefeito Firmino Filho em videoconferência realizada nesta terça-feira.

O crescimento saltou de 38% da semana passada para 90% nesta etapa da sondagem. “Este dado é bastante preocupante se levarmos em consideração também a taxa de ocupação de leitos de UTIs da cidade para pessoas com a Covid-19. O Censo Hospitalar da Fundação Municipal de Saúde já aponta que 68,86% dos leitos de UTI exclusivos para tratamento de pacientes com Covid-19 existentes em Teresina estão ocupados. Teresina possui hoje, cadastrados para atendimento de pacientes com Covid-19, 167 leitos de UTI, sendo que 115 deles estão ocupados. Portanto, é perceptível a evolução do vírus na capital, o risco elevado de contaminação e poderemos ter dias dramáticos nas próximas semanas”, avalia o prefeito Firmino Filho.

Outro dado preocupante atestado pela pesquisa diz respeito à taxa de propagação do vírus, denominado de R0 (R-zero). Este número também cresceu e está em 1,62%. Na quarta etapa da sondagem a taxa estava em 1,24%. De acordo com o prefeito Firmino Filho, a meta é ter essa taxa menor do que 1. “Essa taxa maior do que 1 diz muito sobre o nosso comportamento e mostra que o isolamento social precisa ser levado a sério. O R0 corresponde ao número médio de contágio causado por cada pessoa, e o ideal é que este número esteja abaixo de 1, e aqui na capital esse número só tem crescido”, alerta Firmino.

Em relação ao comportamento do vírus pelas regiões da cidade, os dados mostram que os números estão se igualando em toda a cidade, mas o crescimento maior, nesta etapa, foi na zona Norte, que aparece com 29% – na quarta etapa o número foi de 21%. A zona Sul apresentou uma queda e agora são 29% de positivados na região.  A zona Sudeste aparece com 23% e a zona Leste figura ainda com a menor taxa, 19%.

“Já chegamos a marca de 40 óbitos em Teresina e a gente percebe que o isolamento está passando por uma redução bastante grande. Precisamos ter consciência que o isolamento social é uma das poucas armas que nós temos. A doença está em ascensão e temos que continuar fortalecendo as ações que nos levam a uma maior taxa de isolamento, que é grande instrumental para evitar a propagação do vírus na cidade, como também para termos tempo de expandir a nossa capacidade de atendimento hospitalar”, disse o prefeito.

Quanto à faixa etária, a pesquisa mostra que tem crescido o número de positivados nas pessoas acima de 70 anos, que já representam 7% dos casos – na etapa anterior este número estava em 3%.  Entre as pessoas de 55 a 69 anos também foi observada uma elevação nos números, que estão em 15% (na sondagem passada estava em 7%). O número também cresceu entre crianças e adolescentes e esta faixa etária já apresenta 14% dos casos (foram 11% na quarta sondagem), bem como na faixa etária de 35 a 44 anos, que agora são 18% dos positivados (na quarta etapa este número foi de 16%).

A população com idade entre 15 a 24 anos apresentou uma ligeira queda nos números e nesta etapa a taxa é de 17% (na quarta sondagem foi de 25%). Houve queda também entre as pessoas com idade entre 25 a 34 anos e agora são 17%. Na faixa etária de 45 a 54 anos o cenário é o mesmo da quarta etapa da sondagem e representa 14% dos positivados. A novidade desta etapa também é em relação ao número de positivados entre homens e mulheres, que se igualou e está em 47%. Em todas as outras quatro sondagens, o número de mulheres infectadas sempre foi superior ao de homens.

Confira AQUI a apresentação da pesquisa

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