Parto normal representa 60% da demanda da rede pública de saúde do DF

[Brasilia] – Melhor para a mãe e o bebê, o parto normal representa 60% da demanda da rede pública de saúde do Distrito Federal. Em contrapartida, o parto cesáreo, que deveria ser a opção apenas em caso de complicações, reflete 40% da demanda, sendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 15% como ideal. Somados os dados das redes pública e privada, o número de cirurgias sobe para 53% dos partos realizados por ano.

Apesar de muitas mulheres ainda terem preferência pela cesariana, os profissionais da rede pública devem orientar sempre visando ao parto normal ou natural. “A cesariana só é alternativa em caso de risco”, explicou a enfermeira obstetra Gabriele Mendonça, ao informar que “80% dos casos têm acompanhamento de risco habitual, com possibilidade de parto natural”.

Entre os benefícios do parto normal, ela cita a melhor recuperação da mãe no pós-parto; melhora na amamentação; maior relação pele a pele e olho no olho após o parto; e o acionamento do sistema imunológico pela microbiota existente na região da vagina.

Sobre a cesariana, a enfermeira esclarece que um dos maiores riscos é o de contrair uma infecção, “já que é uma cirurgia”. O parto cesáreo envolve outros riscos, como trombose dos membros inferiores, hemorragias, reações aos anestésicos, maior incidência de dor no pós-operatório e recuperação prolongada. Para o bebê, há o risco de problemas respiratórios.

ORIENTAÇÃO  Para preparar tanto a gestante quanto a família, no pré-natal, as gestantes e acompanhantes recebem informações e instruções sobre a gestação, o nascimento e o pós-parto. Além disso, cursos são oferecidos no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) e na Casa de Parto de São Sebastião. “É bom que a mãe visite o local onde ela pretende ter seu bebê antes de entrar em trabalho de parto”.

Outra fonte de informação é a Caderneta da Gestante, que, segundo a enfermeira, “contém informações preciosas e que, muitas vezes, não são lidas”. Seguindo as orientações da OMS, um dos objetivos da preparação é tornar a mulher protagonista neste processo. “O profissional é só um auxiliar”, completou Gabriele.

Josiane Canterle, da Agência Saúde

Foto: Mariana Raphael/Saúde-DF

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