
Um vídeo tem repercutido no twitter nos últimos dias de um tatuador que segura em sua mão o umbigo de um paciente. Ele teria removido essa parte do paciente para que a tatuagem ficasse mais plana e melhor na pele. As imagens ainda mostram que a cirurgia precisou de pontos e que provavelmente o lugar ficará marcado com uma cicatriz permanente.
Segundo especialistas, porém, a técnica não tem embasamento científico e pode apresentar riscos severos resultando na morte do paciente. O vídeo não mostra o rosto dos participantes, não é divulgado o nome do tatuador ou se a técnica foi realizada por ele ou por um cirurgião plástico.
Segundo as imagens, a intervenção é realizada por cima do umbigo, é retirada a pele da cicatriz umbilical e é fechada por pontos. Cirurgiões rechaçaram a técnica e afirmaram que uma intervenção dessas para fins estéticos não é aconselhável porque expõe o paciente a riscos desnecessários.
Os principais riscos estão no pós-cirúrgico, com problemas de cicatrização que podem levar a uma série de infecções e inflamações, causando quadros generalizados, como uma necrose, que podem ocasionar a morte do paciente. A perfuração do intestino também pode ser um risco fatal ao paciente, principalmente se ele apresentar uma hérnia no local.
Qual é a função do umbigo?
O buraquinho na barriga que todos têm é a primeira cicatriz que a pessoa tem na vida. É ali que ficava o cordão umbilical que liga o feto à mãe e por ali onde era realizado todo o processo de alimentação.
Por ele correm três vasos sanguíneos, sendo uma veia e duas artérias, que permitem que o feto seja nutrido, receba anticorpos, tenha seu sangue oxigenado entre outras coisas que permitem que ele sobreviva no útero da mãe. Depois que a criança nasce, porém, ele não serve para absolutamente nada.
Após o nascimento, esse cordão é cortado a uma distância de dois a três centímetros da barriga do bebê, formando o chamado coto umbilical. Uma vez que o bebê cresce, esse coto vai sendo recoberto pela pele do abdome, dando origem ao “buraquinho” que temos na barriga.
A região, aliás, pode abrigar diferentes tipos de bactérias e fungos se não for higienizado corretamente – entre 60 e 100 tipos diferentes, segundo estimativas.
Fonte: O Globo